O que mais chamou a atenção nesse caso foi justamente o fato dela não ter sido detectada antes
Uma poderosa tempestade solar, a mais forte dos últimos seis anos, atingiu a Terra nesta sexta-feira (24). O curioso é que, apesar do tamanho, os meteorologistas não conseguiram prever o evento, e foram pegos de surpresa.
O que aconteceu? A tempestade solar chegou a atingir o nível G4 em uma escala que vai até 5 graus. A classificação é feita pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA) e avalia a gravidade desses eventos climáticos no espaço.
De acordo com o órgão, a tempestade foi tão forte que causou auroras no sul dos Estados Unidos, normalmente apenas as regiões no extremo norte do continente registram o fenômeno. O acontecimento também acabou causando um atraso em um lançamento da Rocket Lab.
A NOAA soltou um anúncio no dia 22 de março para tempestades que podem acontecer entre os dias 23 e 25 do mês. Apesar disso, os meteorologistas não esperavam uma tempestade solar tão severa, de nível G4.
O que são tempestades solares? Esse tipo de evento nada mais é do que uma perturbação no campo magnético da Terra causada por uma onda de choque enviada pelo Sol. A boa notícia é que a maior parte da radiação é absorvida no céu antes de tocar a Terra, o que garante que seguimos em segurança durante um evento como esse.
Tempestade solar violenta atingiu a Terra
Como aconteceu? O que mais chamou a atenção nesse caso, além da força da tempestade, foi justamente o fato dela não ter sido detectada antes. Em entrevista ao Space.com, a meteorologista espacial dos EUA, Tamitha Skov, explicou o que pode ter ocorrido.
“Essas tempestades quase invisíveis se lançam muito mais lentamente do que as CMEs eruptivas e são muito difíceis de observar deixando a superfície do sol sem treinamento especializado”
A maior tempestade solar da história recente foi o Evento Carrington, de 1859, que liberou aproximadamente a mesma energia que 10 bilhões de bombas atômicas de um megaton. Ao atingir a Terra, o poderoso fluxo de partículas solares “fritou” os sistemas de telégrafo em todo o mundo e fez com que auroras mais brilhantes do que a luz da lua cheia aparecessem até mesmo no Caribe. Também liberou uma pluma de bilhões de toneladas de gás e causou um apagão em toda a província canadense de Quebec, segundo a NASA.
Fonte: Olhar Digital