A Quaresma, 40 dias antes da Páscoa, é um período importante para muitos cristãos, especialmente para os católicos e ortodoxos. No entanto, os protestantes, que valorizam a Bíblia como única autoridade, geralmente não observam esse período. Mas por que isso acontece?
Os protestantes não observam a Quaresma porque acreditam que ela não está na Bíblia. Para eles, a Bíblia é a única fonte de autoridade, e eles rejeitam as tradições dos Padres da Igreja. Além disso, tendem a ver a Quaresma como uma corrupção católica do cristianismo.
Embora a palavra “Quaresma” não apareça na Bíblia, os elementos que compõem esse período, como oração, jejum e generosidade, são encorajados nas Escrituras. O jejum, por exemplo, é mencionado em várias passagens, como no caso de João Batista e de Jesus no deserto. Jesus também ensinou sobre a importância do jejum em Mateus 6:16-18.
Outra crítica comum dos protestantes à Quaresma é a ideia de que ela implica em salvação por obras. No entanto, tanto os católicos quanto os ortodoxos acreditam na salvação pela graça, não pelas obras. A observância da Quaresma não é vista como um meio de ganhar a salvação, mas sim como uma prática espiritual.
Por fim, alguns protestantes questionam o curto período da Quaresma, argumentando que se ela fosse realmente benéfica, deveria ser observada o ano todo. No entanto, a prática sazonal está enraizada na história do cristianismo, que herdou essa noção de sazonalidade da fé do judaísmo.
Em resumo, os protestantes não observam a Quaresma principalmente porque não a veem como uma prática bíblica e porque têm preocupações sobre sua natureza e duração. Essas diferenças refletem as distintas abordagens teológicas e práticas espirituais dentro do cristianismo.
