Dois cristãos foram mortos em um dos atentados
*Conteúdo sensível: violência extrema
No último sábado, 29 de junho, uma série de bombardeios suicidas atingiu Gwoza, no Nordeste da Nigéria. Ao menos 32 pessoas foram mortas e o número de vítimas continua crescendo. O ataque não teve motivações religiosas e os cristãos não foram os primeiros alvos dos radicais nesse incidente.
De acordo com Amos Amly, um pastor local, homens-bomba invadiram a festa de casamento de uma família muçulmana onde estima-se que sete mil pessoas morreram. Pouco depois, pessoas na rua que observavam os vestígios da explosão foram atacadas por um segundo homem-bomba, causando mais 20 mortes.
Enquanto as famílias enlutadas sepultavam algumas vítimas, um terceiro homem-bomba atacou e causou a morte de outras cinco pessoas, duas delas eram cristãs. Ninguém alegou a responsabilidade pelo ataque, mas presume-se que tenha sido uma ação do ISWAP, uma facção do grupo extremista Boko Haram.
Segundo a agência de notícias BBC, esse é o segundo ataque em quatro meses no estado de Borno, que é o epicentro da Insurgência Islâmica que começou há 15 anos na Nigéria. O ataque aconteceu um dia depois que os militantes mataram 17 pessoas que se recusaram a pagar o “imposto da colheita” – uma forma de extorção ilegal – ao ISWAP quando viajavam do vilarejo de Gurokayeya para outra região em Gwoza.
Os ataques recentes aumentam a preocupação de novos incidentes e do potencial dos extremistas de causar grandes danos à população na Nigéria. Atualmente, a Nigéria é o país com maior índice de violência contra cristãos na Lista Mundial da Perseguição e a população em geral sofre com o avanço de grupos extremistas. A Lista Munidal da Perseguição é um documento produzido pela Portas Abertas e lançado anualmente, que classifica os 50 países onde os cristãos são mais perseguidos.
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