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07/12/2024

Global

Bíblias americanas impressas na China ficam fora da guerra comercial

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Bíblia americana sobre a bandeira da China / Foto: Reprodução

ESTADOS UNIDOS – As editoras cristãs americanas comemoram a retirada das taxas de importação de produtos chineses que afetariam o trabalho realizado por organizações religiosas e missionárias.

A guerra comercial entre EUA e China afetariam diretamente a impressão de Bíblias, que estava ameaçada de tornar-se muito cara para o consumidor com a sobretaxa de 10% imposta por Trump no início de agosto.

A China é a maior produtora de Bíblias do mundo, motivo que fez os publicadores cristãos nos EUA alertarem para o fato de que o aumento das tarifas teria feito com que algumas traduções se tornariam caras demais para serem produzidas.

Por exemplo, a Convenção Batista do Sul gasta 31% de seus custos totais de impressão na China. A Biblica, Sociedade Bíblica Internacional, é uma organização cristã que distribui Bíblias para pessoas em 55 países.

A China representa 72% do investimento do grupo na publicação da Bíblia, de acordo com o presidente e CEO da Biblica, Geof Morin.

Segundo os editores cristãos, além de ter o custo aumentado, haveria a redução de Bíblias, o que afetaria a evangelização. Uma tarifa bíblica “afetaria dramaticamente o número de Bíblias que podemos imprimir e distribuir, impactando a liberdade religiosa de indivíduos em países onde o acesso à Bíblia é limitado e muitas vezes inexistente”, disse Morin.

Sem tarifas – Mark Schoenwald, diretor executivo da HarperCollins Christian Publishing, compareceu ao painel de autoridades da comissão de comércio para defender o caso dos editores. “Acreditamos que a administração não estava ciente do potencial impacto negativo que essas tarifas propostas teriam nas Bíblias e que nunca pretendia impor” um imposto bíblico “a consumidores e organizações religiosas”, disse Schoenwald.

O presidente e CEO da Lifeway Christian Resources, Ben Mandrell, disse ao Christianity Today que “o anúncio nos deu esperança de que o governo tenha ouvido nossa preocupação. No entanto, estou preocupado que a Palavra de Deus seja tomada como refém em uma disputa comercial internacional”. “Nos últimos meses, fortalecemos nossa determinação de levar Bíblias às pessoas que precisam delas. Nosso mandato é construído sobre a obediência a Cristo, independentemente de qualquer proposta de política de Washington”, declarou.

A Bíblia é o livro mais vendido nos EUA, com mais de 5,7 milhões de cópias impressas vendidas em 2018. Esse número não inclui o número de Bíblias vendidas por editores diretamente às congregações. “Hoje a administração anunciou a lista de produtos sujeitos às tarifas adicionais de 10%”, afirmou Maria A. Pallante, presidente e CEO da Association of American Publishers.

“Estamos satisfeitos que a administração não incluiu Bíblias e outros livros religiosos na primeira lista de produtos a serem sujeitos às tarifas, e atrasou as tarifas sobre livros infantis até 15 de dezembro”, acrescentou.

O aumento de 10% em outros US$ 300 bilhões em outros produtos chineses entrará em vigor em 1º de setembro.

*Com informações de CBN News

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