Província de Hubei, epicentro da doença e de quarentena desde janeiro, registrou apenas 8 novos casos e indústrias vão voltar a funcionar
O pico da pandemia de coronavírus acabou na China, anunciou o porta-voz da Comissão Nacional de Saúde, Mi Feng, nesta quinta-feira (12).
O país está desde o começo da semana registrando uma queda no número de novos casos e em Hubei, epicentro da doença, foram registrados apenas 8 novos casos.
A província, que está de quarentena desde janeiro, vai reabrir algumas indústrias e permitir algumas viagens. Antes, ninguém tinha permissão para entrar ou sair de Hubei, que estava com todas as fronteiras fechadas.
“Em termos gerais, o pico da epidemia passou na China”, disse Feng. “O número de novos casos está caindo”.
A China está conseguindo conter novos contágios depois de adotar medidas rigorosas de contenção, como a quarentena em Wuhan e restringir viagens e movimentação dentro do país.
“Exceto Wuhan, nenhuma cidade em Hubei registrou novos casos na última semana. E fora de Hubei só houve sete casos na última contagem, dos quais seis eram casos importados”, acrescentou.
No resto da China, a queda também foi percebida. Na quarta-feira (11), foram registrados 15 novos casos, uma queda de 9 contágios desde terça-feira (10), e parte deles foram importados.
O país ainda tem o maior número de mortos e infectados, com mais de 80 mil contágios e mais de 3 mil mortes desde o começo da pandemia.
Apesar do alto número de mortos, 62.793 pessoas se recuperaram da doença e foram liberados do hospital, quase 80% das infecções, segundo a Reuters.
O jornal chinês People’s Daily ressaltou que, mesmo com o cenário otimista, a situação no país ainda é difícil e que ainda existe o risco de novos contágios.
Pandemia
Na quarta-feira (11), o coronavírus foi classificado como pandemia pela Organização Mundial de Saúde. O Irã e a Itália são os países mais afetados fora da China, e a Itália anunciou quarentena nacional.
Diversos países estão fechando escolas e proibindo eventos culturais e religiosos com grandes aglomerações.
Com informações R7