O casal mineiro Pollyana e Leandro Gontijo são voluntários do Projeto Criança Feliz Angola, uma iniciativa da Igreja Batista Central de Belo Horizonte, e estiveram recentemente cuidando das crianças africanas atendidas pela ação social.
“Somos voluntários deste projeto desde 2020, quando participamos pela primeira vez das ações em Lubango, cidade a cerca de 1h de voo de Luanda, em Angola, apadrinhando crianças e fazendo atendimentos na área da saúde. Neste ano, voltamos para lá com esse mesmo enfoque, de promover um cuidado assistencial, principalmente cirúrgico”, explica Pollyana, que é enfermeira e CEO do Instituto Mineiro de Cirurgia Plástica (IMCP).
Leandro é cirurgião plástico e diretor médico do IMCP, que, ciente que um dos principais problemas de saúde pública da região são as queimaduras, se preparou para atender crianças queimadas.
“Selecionamos algumas crianças que tiveram queimaduras para operá-las, porque lá não tem especialista em cirurgia plástica. Essa foi a primeira vez que as crianças tiveram acesso a um cirurgião plástico dentro do Hospital Geral de Lubango”, destaca o médico.
Durante os 17 dias em que estiveram na África, Pollyana e Leandro se depararam com muitos desafios. “O maior deles foi com relação aos materiais e equipamentos especializados para cirurgia plástica e também ao acompanhamento dessas crianças. Como não tem cirurgião plástico no hospital, tivemos dificuldade para continuar o tratamento. Por isso, nós pretendemos voltar”, explica a enfermeira.
Uma das crianças atendidas, aliás, tornou-se um verdadeiro símbolo da ação voluntária do casal. A pequena Eva, vítima de queimaduras que restringiam seus movimentos dos braços, do pescoço, entre outras várias sequelas, foi a personagem principal de um vídeo que viralizou nas redes sociais. “Foi a cirurgia mais desafiadora da minha carreira. Já fiz mais de 2 mil cirurgias e, pela complexidade, a dela foi a mais desafiadora. Mas graças a Deus deu tudo certo”, comemora.
Ao voltar para casa, engana-se quem pensa que o sentimento do casal é de dever cumprido. “A sensação é de que não estamos fazendo nada mais do que nossa obrigação. Deus tem nos dado tanto, acesso à educação, ao estudo… Então, para a gente, estamos retribuindo tudo que Deus tem feito para nós”, diz Pollyana.
Quem também quiser conhecer o projeto Criança Feliz Angola pode acessar o site www.criancafelizangola.org.Para contribuir, é possível apadrinhar uma criança com um valor de R$ 150 mensais, suficientes para cobrir seus gastos com escola e alimentação por 30 dias. “Você seleciona a criança que quer apadrinhar e mantém um relacionamento com ela. Ela te manda mensagens, vídeos, você consegue conversar com ela por chamada de vídeo, mandar carta. Você realmente é um padrinho ativo, não só dando dinheiro, mas dando suporte, carinho e atenção”, explica a enfermeira.
Também é possível ajudar pessoalmente, por meio do voluntariado, assim como Pollyana e dr. Leandro. “Temos o coração inclinado ao serviço. Acreditamos que, por meio do nosso talento, podemos ajudar muitas pessoas”, conclui o casal.
Exibir Gospel / Leiliane Lopes