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06/12/2024

Politica

Evangélicos são maioria em percentuais de aprovação do governo Bolsonaro

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Segundo o Data Folha 41% aprovam o governo do militar reformado

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) mantém, após seis meses, aprovação de um em cada três brasileiros a seu governo. O índice de 33% que considera sua gestão ótima ou boa, atualmente, fica no mesmo patamar registrado em abril (32%). Para cada brasileiro satisfeito com o governo Bolsonaro, há outro insatisfeito: 33% consideram o governo do militar reformado ruim ou péssimo, índice superior ao registrado na pesquisa anterior (30%). Há ainda 31% que consideram a administração Bolsonaro regular, e 2% não opinaram. Em abril, esses índices eram de 33% e 4%, respectivamente.

A comparação com o mesmo período de governo para outros presidentes em primeiro mandato mostra que a aprovação a Bolsonaro está no mesmo nível de Fernando Collor (34%), embora o ex-presidente tivesse um índice menor de reprovação (20%). Fernando Henrique Cardoso (PSDB), no final de junho de 1995, era aprovado por 40%, e reprovado por 17%. Seu sucessor, Lula (PT), tinha 42% de ótimo ou bom, e 11% de ruim ou péssimo. Com 49% de aprovação, Dilma Rousseff (PT) foi a mais popular nos primeiros seis meses à frente da Presidência no período pós-redemocratização.

Bolsonaro tem taxa de aprovação mais alta entre homens (38%) do que entre mulheres (29%). Também há diferença quando se comparam os resultados registrados entre os mais os mais jovens, de 16 24 anos (27%), e os mais velhos, com 60 anos ou mais (37%), e entre os mais pobres, com renda familiar de até dois salários (27%) e mais ricos, com renda superior a 10 salários (52%).

Nas faixas de renda intermediária, entre 2 a 5 salários e entre 5 e 10 salários, 37% aprovam a gestão do atual presidente. Na parcela de empresários, a taxa dos que avaliam Bolsonaro como ótimo ou bom alcança 58%, em contraste com os 25% e 22% verificados, respectivamente, entre assalariados sem registro e desempregados. Entre evangélicos, 41% aprovam o governo do militar reformado, ante 30% dos católicos e 25% dos sem religião. Regionalmente, Bolsonaro é mais popular na região Sul (42% de ótimo ou bom), e tem aprovação abaixo da média no Nordeste (25% de ótimo ou bom). No Sudeste, o índice é de 34%, e no Centro-Oeste/Norte, de 36%. Na fatia da população que se declara branca, 42% aprovam a gestão do atual presidente, índice que cai para 31% entre pardos e para 25% entre pretos.

De 0 a 10, a nota média atribuída pelos brasileiros ao desempenho de Jair Bolsonaro à frente da Presidência da República, até o momento, é 5,4, igual à obtida em abril. Nos extremos da escala, 17% dão nota 0 ao presidente, e 11%, nota 10.

Maioria vê desempenho de Bolsonaro abaixo das expectativas

A percepção sobre as realizações de Bolsonaro nesse período de governo também vão ao encontro dos resultados registrados no início de abril. Para a maioria (61%), o presidente fez menos do que o esperado até agora, e 22% acreditam que seu desempenho está dentro do esperado. Há ainda 12% que avaliam que ele superou as expectativas, e 4% que não opinaram ou deram outras respostas espontâneas. Em abril, 61% atribuíam ao presidente um governo aquém do esperado, e 13% viam sua gestão, nos três primeiros meses, com mais realizações do que previam.

A avaliação da imagem projetada de Bolsonaro como presidente mostra que caiu de 27% para 22%, desde abril, a taxa dos que acreditam que em todas as ocasiões ele se comporta como um presidente deveria se comportar. No mesmo período, oscilou de 27% para 28% o índice dos que analisam que na maioria das vezes seu comportamento é adequado ao de um presidente, mas algumas vezes não, e de 23% para 25% o percentual daquelas que avaliam que ele nunca se comporta como um presidente deveria se comportar. Há ainda 21% que acreditam que em algumas ocasiões Bolsonaro adota um comportamento compatível com o cargo que ocupa, mas na maioria das vezes não (na pesquisa anterior, 20%), além de 3% que preferiram não opinar.