Uma mulher ganhou R$ 1,8 milhão na Lotofácil e resolveu doar parte do dinheiro como oferta para a Igreja Universal do Reino de Deus. Arrependida, ela entrou com ação e a Justiça determinou que a denominação devolva.
A decisão foi do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), através do juiz Gustavo Fernandes Sales, da 1ª Vara Cível de Samambaia.
A história começou em 2014 quando o marido da autora da ação ganhou o prêmio da loteria. Foi o homem quem transferiu R$ 182,1 mil de dízimo e R$ 200 mil como oferta. Os valores foram doados “com a promessa de que sua vida seria abençoada”.
Um ano depois, o casal se separou e a mulher passou a fazer mais ofertas, entre elas a doação de um Hyundai HB20 e mais R$ 101 mil em dinheiro porque estava em busca de “bênçãos financeiras”.
Oito anos depois, a autora da ação se arrependeu das ofertas doadas e resolveu solicitar a devolução por não ter “alcançado o ápice prometido nas pregações”.
O juiz não aceitou o pedido de devolver o carro, mas determinou que a Igreja Universal devolva os R$ 101 mil doados pela ex-fiel.
Em sua defesa, a IURD emitiu uma nota dizendo que irá recorrer da decisão e que a “sentença divulgada hoje não questiona a doação efetuada à Igreja Universal do Reino de Deus, ou a motivação da doadora, nem aponta qualquer tipo de coação.”
O que a igreja diz é que a Justiça entendeu que “em razão do valor envolvido, a doação deveria ter sido efetivada por intermédio de um instrumento público”.
Redação Exibir Gospel