Principal entrada da prisão de Evin, em Teerã, capital do
Irã, onde muitos cristãos estão presos. Evin é conhecida por torturas e
maus-tratos aos detidos / Foto: Reprodução
IRÃ – No dia 28 de julho, quatro cristãos compareceram para
audiência em um tribunal no Irã, acusados de ameaçar a segurança do Estado e de
promover sionismo. O sionismo se refere àqueles que defendem o direito à
autodeterminação do povo judeu e à existência de um Estado nacional judaico
independente e soberano no território onde existiu o antigo reino de Israel.
Os quatro cristãos foram presos em várias batidas policiais
na cidade de Rasht, no norte do Irã, em janeiro e fevereiro deste ano. O juiz
disse que a Bíblia foi fabricada e que eles eram apóstatas, segundo informa o
site Christian Solidarity Worldwide (CSW).
Os quatro cristãos são membros da mesma igreja, a Igreja do
Irã, cujo pastor, Youssef Nadarkhani, foi condenado a dez anos de prisão em
julho de 2017.
Em outro julgamento que aconteceu quatro dias antes, outros
cinco membros de igrejas foram enviados de volta à prisão sob fiança ainda
maior. Isso porque eles se recusaram a substituir o advogado deles por um
advogado designado pelo tribunal, como informa o site Middle East Concern.
No país de maioria muçulmana, os cristãos são considerados
uma “influência ocidental” e uma ameaça à identidade islâmica do país.
O governo tem tentado impedir o crescimento da igreja. Como
resultado, os cristãos são proibidos de compartilhar a fé com não cristãos e
não podem frequentar cultos cristãos. Isso os força a participar de igrejas
domésticas informais.
Cristãos ex-muçulmanos são particularmente vulneráveis por
serem considerados apóstatas e não têm proteção legal sob a lei iraniana.
*Fonte: Portas Abertas