Governador do Kentucky, Matt Bevin, assinou quatro projetos
pró-vida / Foto: Reprodução/Owensboro Times
ESTADOS UNIDOS – O estado de Kentucky acaba de se tornar
outro estado americano, ao lado da Louisiana e do Texas, que proíbe o aborto
quando o batimento cardíaco é detectado, o que geralmente acontece por volta de
seis semanas de gravidez.
O “projeto de batimento cardíaco fetal” foi assinado pelo
governador republicano Matt Bevin na quinta-feira (08). “Sou profundamente
grato por ser governador de um estado que valoriza de forma tão avassaladora a
santidade da vida humana”, disse ele em um comunicado à imprensa. “Kentucky
está liderando a investida nesta luta vitalmente importante para o coração e
alma de nossa grande nação”, declarou.
Três outros dispositivos pró-vida também foram assinados no
mesmo dia, como o que orienta os médicos a informarem os pacientes sobre
abortos por medicação reversa e o que proíbe abortos baseados em sexo, raça ou
deficiência percebida.
Há ainda o House Bill 148, feito preventivamente, caso Roe
v. Wade seja aceito, o estado não seja obrigado a realizar abortos.
O governador havia tentado o projeto de batimentos cardíacos
no início deste ano, mas foi bloqueado pelo juiz David J. Hale, que considerou
a lei potencialmente inconstitucional, segundo o New York Times.
Com apenas uma clínica de aborto no estado, a ACLU de
Kentucky também tentou proteger sua existência. Em 2017, Bevin assinou outra
lei exigindo um acordo por escrito com um hospital para transferir qualquer
paciente com emergência médica.
A ACLU, maior organização de defesa dos direitos humanos dos
Estados Unidos, temia que a clínica tivesse que fechar, caso o projeto fosse
aplicado, embora isso não acabasse sendo verdade. “Não haveria nenhuma clínica
no estado de Kentucky, o que é um fardo incrível para a capacidade do paciente
de ter acesso aos cuidados, sobre os mais onerosos que você pode ter”, disse
Heather Gatnarek, do Kentucky ALCU.
“Não há evidências de que os pacientes que vão para
hospitais que têm acordos de transferência sejam mais bem tratados do que
aqueles que não têm”, disse.
No início desta semana, o Public Religion Research Institute
divulgou uma pesquisa indicando que 54% dos americanos acreditam que o aborto
deve ser legal na maioria dos casos, conforme relatado pelo Christian Post.
Outra pesquisa, apresentada pela Planned Parenthood de
acordo com o Courier, mostrou que 65% dos Kentuckianos acreditam que as
mulheres devem ter “acesso a todas as opções de cuidados de saúde reprodutiva
disponíveis, incluindo o aborto”.
*Com informações de The Christian Post