Cristãos que foram presos no início de julho de 2019 no Irã
/ Foto: Reprodução
IRÃ – No início do mês de julho, oito cristãos – incluindo
cinco membros de uma família -, foram presos na cidade de Bushehr, no sudoeste
do Irã. Os policiais que realizaram a prisão se apresentaram como agentes do
Ministério da Inteligência (MOIS).
As autoridades invadiram as casas dos cristãos em uma
operação, confiscando tudo o que tinham. Bíblias, literatura cristã, fotos
carregando símbolos cristãos, notebooks, telefones, carteiras de identidade,
cartões bancários e outros pertences pessoais foram levados.
Os policiais também revistaram os escritórios de trabalho de
dois irmãos e confiscaram discos rígidos de computadores e gravações de câmeras
de segurança. Segundo relatos, as autoridades trataram duramente os cristãos
mesmo com a presença de crianças durante as prisões.
Segundo fontes do Artigo 18, os nomes dos cristãos presos
foram confirmados. São eles: Sam Khosravi, e esposa, Maryam Falahi; o irmão de
Sam, Sasan, e esposa, Marjan Falahi; a mãe de Sam e Sasan, Khatoon
Fatolahzadeh; Pooriya Peyma, e esposa, Fatemeh Talebi; e Habib Heydari.
Contudo, devido a idade, Khatoon, foi libertada no mesmo dia.
As informações são de que os demais cristãos permanecem
detidos, sem acesso a advogados, e em confinamento solitário no escritório do
MOIS, em Bushehr. Essas últimas prisões elevam o número de cristãos presos no
Irã neste ano para 34: oito em Bushehr, nove em Rasht, doze em Amol, dois em
Ahvaz e um em Hamedan, Shiraz e Isfahan.
Em maio, o ministro da Inteligência do Irã, Mahmoud Alavi,
admitiu abertamente convocar os cristãos para interrogatório, dizendo que as
conversões em massa estão “acontecendo bem diante de seus olhos”.
Em Londres, o Relator Especial da ONU para os Direitos
Humanos no Irã, Javaid Rahman, classificou o tratamento de cristãos convertidos
no Irã como “algo muito perturbador”. A autoridade disse que está “pessoalmente
preocupado”, e prometeu “olhar para a questão com seriedade”.
*Fonte: Portas Abertas