Flordelis concedeu entrevista coletiva na terça-feira, 25 de
junho, para falar sobre a morte do seu marido, o pastor Anderson do Carmo.
A Delegacia de Homicídios de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo
(DHNISG) instaurou um segundo inquérito para dar continuidade nas investigações
do assassinato do pastor Anderson do Carmo, marido da deputada federal
Flordelis.
Nesta segunda fase, a Polícia Civil não descarta o
envolvimento no crime da própria viúva ou de outros filhos do casal. As
investigações ainda apontam que a principal motivação do crime seja a
administração dos bens da família.
O crime aconteceu em 16 de junho, na casa da família, em
Pendotiba, Niterói, e, de acordo com as investigações, a motivação não foi
individual de Flávio dos Santos Rodrigues e Lucas Cézar dos Santos de Souza,
filhos do casal que já foram indiciados.
Os dois foram transferidos na manhã desta quinta-feira da
carceragem da DH, em Niterói, para o presídio de Benfica, onde irão continuar
cumprindo o mandado de prisão preventiva. “Temos a indicação de que há outros
envolvidos no crime. A motivação não é individual do Lucas e do Flavio, ela é
global. Tem uma motivação final, que é quem tinha interesse também no crime
além deles dois. Se a ação criminosa tivesse se encerrado no Lucas e no Flavio,
o inquérito já teria sido encerrado, e ele foi continuado. Houve encerramento
do primeiro inquérito por razões procedimentais, de prazos de encerramento. A
motivação seria por motivações financeiras, em razão da administração dos bens
familiares”, explicou a delegada Bárbara Lomba, diretora da especializada.
A delegada ainda contou que a pistola encontrada no quarto
de Flavio, que foi comprovada pela perícia ser a arma do crime, havia um pelo.
“Coletamos material biológico do Flavio e o resultado do laudo deu positivo, o
pelo que estava na arma é do Flavio”, afirmou Bárbara Lomba. Ela ainda declarou
que em momento algum Flávio voltou atrás de sua confissão. A Polícia Civil
também encontrou um celular na cela do Flavio, que está sendo periciado para
saber se o suspeito usou o aparelho.
Procurada pela equipe do jornal O DIA, a defesa de Flordelis
informou que a deputada federal não vai se manifestar sobre a investigação da
Polícia Civil. “Ela trata isso com naturalidade. Todos que estavam na casa, no
momento do crime, devem ser investigados. Isso é normal”, disse o advogado da
parlamentar Fabiano Migueis, sobre a Polícia Civil não descartar a participação
de Flordelis na morte do pastor.
*Fonte: O DIA