Em meio aos debates sobre a possível descriminalização do aborto até a 12ª semana de gestação pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a pastora Talitha Pereira, da Igreja do Amor, expressou sua opinião sobre o assunto em uma carta emocional intitulada “Carta a Criança que Não Nasceu”.
O texto ressalta a angústia da pastora em relação à possível legalização do aborto em uma resposta ao PSOL, partido socialista que quer legalizar o assassinato de bebês no ventro de suas mães até a 12ª semana de gestação.
Talitha Pereira inicia a carta com um pedido de desculpas à criança que nunca nasceu, expressando que “sente muito” e que essa expressão é insuficiente para transmitir a tristeza que sente pela interrupção da vida dessas crianças.
A pastora argumenta que tentar normalizar e legalizar a interrupção da gestação é uma forma cruel e covarde de agir, questionando como alguém pode acreditar que está agindo em benefício das crianças ao permitir sua morte.
No texto, Pereira critica a soberba da humanidade ao acreditar que pode decidir sobre a vida de um bebê, destacando que, independentemente do tempo de gestação, apenas o Criador tem o poder de conceder ou retirar a vida. Ela enfatiza a importância de orar e se posicionar contra a legalização do aborto como uma forma de proteger o direito à vida das crianças não nascidas.
A pastora também compartilha sua experiência pessoal de ter perdido uma filha e afirma que compreende o valor da vida, independente do tempo de gestação.
Leia na íntegra:
CARTA A CRIANÇA QUE NÃO NASCEU
Quero começar dizendo que sinto muito. E ainda assim, é pouco para expressar a angústia que toma meu coração quando penso que você nunca chegou a ver esse mundo. Sua vida foi interrompida da forma mais cruel e covarde possível.
Estão tentando não só normalizar, como legalizar o fato de bebês como você nunca nascerem. E, pior: dizem que estão pensando no melhor para vocês. Como m@t4r alguém pode significar isso? Como a soberba do homem chega a um nível de superioridade que se acha capaz de definir sobre a vida de um bebê?
Disseram que estava na mão de outros e que não tinha o que fazer. Mas claro que há: orar e se posicionar. E não seria isso o mais importante nesse momento? O que posso, faço por você. E por todos os bebês que nunca nasceram pela escolha cruel dos outros.
Porque, um dia, a minha bebê nasceu e eu a devolvi aos braços do Pai. Eu sei o valor da vida. 12 semanas, 3 semanas, 1 dia. Não importa o tempo. Importa que somente o Criador de todos nós tem o poder de colocar ou retirar o fôlego de vida.
Essa carta é para você, que não pode lutar por si mesma. Mas, no que depender de mim, lutarei até o fim. Já me levantei lá atrás para que você não enfrentasse um julgamento sem defesa. Mas continuarei me levantando quantas vezes forem necessárias! Minha luta é pela vida.
Exibir Gospel / Leiliane Lopes