Televisão / Foto: Reprodução
Emissoras menores que passaram os últimos anos no “azul”, ou
pelo menos operacionais graças aos milhões arrecadados com a venda de horas de
programação para a Igreja Universal estão em apuros, segundo a coluna do
Ricardo Feltrin, do UOL, apurou junto ao mercado.
O caso mais grave é o da TV Gazeta, que perdeu até 50% da
verba que a Igreja colocava lá todos os meses. A Universal continua tendo sua
programação exibida na Gazeta, mas de forma muito mais contida.
Conforme o site “Notícias da TV” informou no ano passado, a
Universal decidiu cortar de 30% a 40% a verba para compra de espaços em outras
emissoras deTV, que não a Record. A estimativa do corte é de R$ 120 milhões (ou
mais).
Além dessas TVs, a igreja fundada por Edir Macedo tem
horários na Band, e na RedeTV, mas as duas viram as receitas desabarem este
ano.
A Gazeta está promovendo demissões em massa desde a semana
passada. Somente anteontem demitiu o diretor comercial e decidiu esticar os
programas de varejo (que são produzidos pela própria emissora também).
Na última sexta, como antecipou o colunista do UOL Flávio
Ricco, a Gazeta demitiu os apresentadores Celso Zucatelli e Ronnie Von.
A Band também enfrenta um péssimo momento. Além da crise
financeira que a casa já enfrenta há anos, com o corte de mais de 35% de
espaços (e consequentemente redução de pagamentos), a emissora está sendo
obrigada a reprisar programas diurnos durante a madrugada (como forma de preencher
espaço).
A RedeTV é outra prejudicada: em julho do ano passado, por
exemplo ela tinha semanalmente cerca de 79h10min em sua programação só com
igrejas. Neste ano essa média já caiu para 57h45 –uma redução de quase 30% nas
milagrosas verbas religiosas (com trocadilho).
Assim como a Band, a RedeTV também tem ocupado os espaços
“vagos” da programação nas madrugadas e nos finais de semana com reprises de
programas diurnos. Não há nenhuma previsão de que esse dinheiro voltará, já que
a Universal parece satisfeita apenas com seu canal arrendado, o 21, da Band.
*Fonte: Coluna do Ricardo Feltrin – UOL