Siga nossas redes sociais
25/11/2024

Global

Médico cristão é demitido por não aceitar usar pronomes “transgênero”

Published

on

Compartilhe

O doutor David Mackereth afirma que foi demitido como assessor de benefícios por causa de suas crenças religiosas / Foto: Reprodução/Andrew Fox

INGLATERRA – O médico cristão inglês David Mackereth, de 56 anos, perdeu o emprego em um departamento do governo depois que ele se recusou a se referir a “um homem barbudo de um metro e oitenta” como “madame”. Ele alega que foi demitido como Assessor de Saúde e Incapacidade no centro de avaliação da Fiveways em Birmingham, em maio de 2018, por causa de suas crenças religiosas.

Pai de quatro filhos, o Dr. Mackereth diz que foi “interrogado” por seu chefe, James Owen: “Se você atende um homem de 1,80 de altura com barba que quer ser tratado como ‘ela’ e ‘senhora’, você o trataria assim?” A resposta do médico foi “não”.

O Dr. Mackereth, um evangelista que agora trabalha como médico de emergência em Shropshire, afirma que seu contrato foi rescindido por causa de sua recusa em usar pronomes transgêneros. Ele disse ao tribunal que estava suspenso no mês seguinte após ser “interrogado” por seu chefe, e por se recusar a chamar “homem de barba de um metro e oitenta de altura” pelo gênero feminino.

O médico alega que foi dito a ele que era “extremamente provável” que perderia o emprego, a menos que concordasse em tratar um homem pelo gênero feminino. Ele argumenta que não foi demitido “por causa de qualquer preocupação real sobre os direitos e sensibilidades dos indivíduos transgêneros, mas por causa da minha recusa em fazer uma promessa ideológica abstrata”.

O médico está agora processando o governo em um tribunal de trabalho por discriminação com base em sua crença religiosa.

Demissão – A demissão do Dr. Mackereth aconteceu em 25 de junho de 2018, depois de uma troca de e-mail com o Sr. Owen, em que ele foi instruído a seguir o “processo como discutido em seu treinamento”.

O e-mail dizia: “Se, no entanto, você não quiser fazer isso, respeitaremos sua decisão e seu direito de deixar seu contrato”. O Dr. Mackereth respondeu: “Eu sou um cristão e em boa consciência não posso fazer o que o Departamento de Trabalho e Pensões (DWP, sigla em ingês) está exigindo de mim.”

Ele insiste que não renunciou à sua posição e é vítima de discriminação direta e assédio. Em audiência, o Dr. Mackereth disse que “o simples fato de um médico poder ser chamado para um interrogatório urgente sobre suas crenças sobre fluidez de gênero é absurdo e muito sinistro, ainda mais se resultar em demissão”.

“Se algo assim acontecesse em uma igreja – pessoas sendo puxadas de um banco, questionadas e depois excomungadas – isso seria visto como um exemplo ultrajante de intolerância religiosa e fanatismo”, compara.

O DWP argumenta que as opiniões do Dr. Mackereth estão em violação do regimento Equality Act. A empresa de recrutamento que contratou o médico, também está sendo processada por discriminação religiosa, embora alegue que as crenças do médico “não são compatíveis com a dignidade humana”. Em uma declaração apresentada ao tribunal, o Dr. Mackereth disse: “Eu aprecio que no clima político atual, algumas pessoas, incluindo algumas das que acreditam que são transexuais, podem achar minhas crenças ofensivas. Entretanto, em uma sociedade livre, isso não é uma razão boa o suficiente para censurar minhas crenças e me coagir a agir de forma contrária à minha consciência”.

O Dr. Mackereth disse que, “além disso, como médico, minha responsabilidade é sempre agir em boa consciência no melhor interesse dos pacientes – não adotar várias fantasias, preconceitos ou delírios, para evitar ofensas a todo custo.”

Pecado – Ainda na audiência, o Dr. Mackereth acrescentou que sua crença inerente é que o transgenerismo é uma “rebelião contra Deus, que é tanto sem sentido quanto pecaminosa”.

“Eu estou, é claro, ciente de que há homens ou mulheres que acreditam ter sido presos em um corpo errado, e eu não questiono a sinceridade de suas convicções. Um pequeno número dessas pessoas sempre existiu. Até recentemente, tal crença era considerada pelos médicos como delirante e um sintoma de um distúrbio médico”, declarou.

“Apenas recentemente o transgenerismo foi reconhecido como normal e “tais crenças delirantes aceitas pelo seu valor nominal. O que é responsável por essa mudança é a pressão política, e não a evidência científica”, afirmou o médico.

O caso legal, que será decidido até a próxima semana, está sendo apoiado pelo Christian Legal Centre. A executiva-chefe Andrea Williams descreveu o Dr. Mackereth como “um herói cristão que escolheu sacrificar sua distinta carreira profissional em vez de comprometer a Bíblia e sua consciência”.

*Com informações de Telegraph