Damares Alves tomou posse na quarta-feira (02/01) como ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos.
Com um discurso emocionado, a pastora Damares Alves tomou posse na quarta-feira (02/01) como ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos. Ela falou sobre sua fé e as principais lutas que irão marcar seu trabalho.
“Um dos desafios é acabar com o abuso da doutrinação ideológica. Acabou a doutrinação ideológica de crianças e adolescentes no Brasil”, destacou Damares, que também se posicionou em relação à sua fé: “O Estado é laico, mas esta ministra é terrivelmente cristã e, por ser cristã, acredito nos desígnios de Deus”.
A ministra disse que, no governo Bolsonaro, todas as políticas públicas serão construídas com base na família e que seu ministério dará assessoramento a outras pastas.
“Muitas pessoas no Brasil estão perguntando: precisava no Brasil de um Ministério da Família? Sim, gente. O governo Bolsonaro vem com uma outra perspectiva. Todas as políticas públicas neste país terão que ser construídas com base na família. […] Não dá mais para pensar em políticas públicas sem pensar no fortalecimento da família”, afirmou.
Ela ainda disse que seu ministério seria “da família, seja qual for a sua configuração”. “Eu e minha filha somos família. Nada vai tirar de nós este vínculo. Todas a configurações familiares neste Brasil serão respeitadas”, disse a ministra.
Sobre os direitos da mulher, Damares disse que nenhuma denúncia de violência será ignorada. “As mulheres terão prioridade neste ministério. Lutaremos para que não sejam tratadas como massa de manobra. As brasileiras terão voz e serão escutadas por este governo. Somos o quinto país no mundo em feminicídio. Que vergonha. Chega de violência contra a mulher nesta nação”.
A ministra esclareceu que a população LGBT não ficou de fora das diretrizes do ministério e disse que os direitos estão garantidos. “Vamos lutar contra todos os tipos de violência e preconceito nesta nação, inclusive LGBTI […] Nenhum direito conquistado pela comunidade LGBTI será violado”.
Por outro lado, ela reforçou a diferença de gênero. “Neste governo, menina será princesa e menino será príncipe. Ninguém vai nos impedir de chamar nossas meninas de princesa e nossos meninos de príncipe”, declarou.
Jesus no pé de goiaba
Damares criticou a insensibilidade da imprensa ao comentar a experiência de ver Jesus em uma goiabeira, após uma tentativa de suicídio devido ao abuso que sofreu na infância. “Minha história não foi respeitada por muitos meios de comunicação”, afirmou.
“Minha crença virou chacota e também motivo de risadas. Tive minha história compartilhada com escárnio”, disse ela, completando: “Tenho meu Consolador e, queiram vocês ou não, Ele sobe em pé de goiaba”.
Damares revelou que ela e sua filha foram ameaçadas de morte e que, por isso, a jovem não compareceu. Na semana passada, um grupo investigado pela Polícia Federal por suposta ligação com uma bomba encontrada no entorno de Brasília disse ao site Metrópoles, do DF, que a ministra poderia ser alvo de ataques.
*Com informações de Folha de São Paulo.