Vinte e dois refugiados resgatados da Faixa de Gaza chegaram na última quarta-feira a um abrigo localizado na região de Bragança Paulista, interior de São Paulo. Essa ação foi conduzida pelo governo federal em resposta ao conflito entre Israel e o Hamas na região, buscando oferecer refúgio a indivíduos afetados pela guerra.
O abrigo, mantido por uma instituição evangélica ligada à Igreja Batista, já acolheu previamente refugiados de outras nacionalidades, como afegãos, haitianos e venezuelanos, que buscaram abrigo no Brasil.
Entretanto, durante a noite do mesmo dia, nove refugiados deixaram o local, retornando à capital paulista, onde foram direcionados a um hotel situado na região do Cambuci, zona sul de São Paulo. A acomodação nesse hotel foi providenciada pela Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal) e pela ONG Refúgio Brasil.
A pedido do governo, a localização precisa do abrigo em Bragança Paulista não pode ser divulgada devido a preocupações com a segurança e a integridade dos refugiados. Dentro do espaço de acolhimento, cada núcleo familiar terá acesso a unidades individuais, incluindo quartos e banheiros. Os refugiados de Gaza terão acesso a refeições e participarão de atividades em quadras poliesportivas, além de terem acesso a piscinas para as crianças.
O programa de acolhimento também inclui a oferta de aulas de Língua Portuguesa, noções de cidadania, orientações culturais sobre o Brasil e oportunidades de inserção no mercado de trabalho brasileiro. O objetivo é promover a integração social, econômica e cultural dos refugiados para facilitar sua permanência no país.
A permanência dos refugiados no abrigo é por tempo indeterminado, já que a solicitação para ir ao abrigo foi feita por eles, considerando a ausência de instalações adequadas no país.
Esse suporte oferecido aos refugiados é viabilizado por meio do Programa de Interiorização para Refugiados, desenvolvido por Missões Nacionais, ligada à Convenção Batista Brasileira. Esta iniciativa é fruto de parcerias entre o Ministério da Cidadania, o Alto Comissariado da ONU para Refugiados (ACNUR), a Força Aérea Brasileira (FAB), igrejas batistas e outras instituições.
Através desse programa, os refugiados são encaminhados para a interiorização por meio do projeto “Minha Pátria”, o que garante sua permanência oficial no Brasil, regularização documental e atualização de exames de saúde conforme estipulado pelo ACNUR.
Missões Nacionais ressalta que sua colaboração com ACNUR e FAB se restringe aos aspectos legais e logísticos de traslado dos refugiados para São Paulo. A instituição não possui convênios financeiros com os envolvidos no programa, sendo sustentada por doações voluntárias. Para contribuir com esse projeto, é possível acessar o site oficial da instituição.
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